quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


Em pauta: PNRS 2012

Um tema que continuará nas manchetes em 2012 é a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Até agosto do próximo ano todos os municípios brasileiros deverão elaborar um plano local de resíduos sólidos. Segundo o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoskia, a prefeitura que não estiver com o plano municipal pronto será impedida de receber recursos do governo destinados à atividade.
 Além dos planos municipais, o governo deve nomear até fevereiro do próximo ano o grupo que vai criar o plano e instituir as metas de redução, reutilização, reciclagem de resíduos, aproveitamento energético e extinção de depósitos de lixo a céu aberto.
Também em 2012, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, elaborado este ano, seguirá para a análise dos conselhos nacionais de meio ambiente, cidades, saúde e política agrícola que poderão fornecer novas contribuições. A proposta deverá ser encaminhada até meados do próximo ano ao Palácio do Planalto, que o transformará em decreto presidencial.
“Não existe no país um modelo de gestão adequado, funcional, de simples aplicação. Esses convênios são todos uns ovnis, que vêm de cima, através de trocas políticas desiguais e estimulam o não estabelecimento no país de uma política uniforme, que vale para todos. O Governo Federal dá dinheiro a Funasa, uma instituição de sabidos vícios políticos, em vez de distribuí-lo aos municípios? Quem tem que resolver o problema de lixo nas cidades não é o Ministério da Saúde, são os prefeitos”, afirmou Ziulkoskia.
 Fonte: O Globo


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Museu do Lixo traz à tona um pouco da história da Imigração italiana em Caxias do Sul

Quem visitar o Museu do Lixo (Casa 8 da Réplica), durante a Festa Nacional da Uva 2012, vai encontrar um pouco da história da imigração italiana. O espaço - uma iniciativa da Codeca - expõe objetos antigos como aparelhos de televisão que, em 1972, transmitiam o desfile da Festa Nacional de Uva em cores - primeiras imagens coloridas da TV Brasileira. A visitação segue os mesmos horários de funcionamento do parque, - segunda a sexta das 14h às 22h – sábados e domingos das 9h às 22h. 
O Museu do Lixo oferece novidades logo na entrada, onde um grande painel revela aos visitantes a origem dos objetos expostos e as histórias de vida que eles carregam. Os utensílios, móveis e livros foram agrupados por tema, tornando a visita mais agradável. As paredes ganharam painéis que contam a história dos 35 anos da CODECA, além de abrigar fotos e pequenos objetos. 
“O acervo do Museu tem basicamente duas origens: objetos resgatados do lixo por colaboradores da CODECA ou doados por famílias da região”, explica o Diretor Presidente da CODECA, Adiló Didomenico, que também é diretor de Infraestrutura da Comissão Comunitária da Festa da Uva. 
O Museu integra o Programa de Educação Ambiental “Caminhos do Lixo”, cujo roteiro inclui visitas à Codeca, ao Aterro Sanitário São Giácomo e a uma associação de recicladores. Somente em 2011, mais de 13 mil pessoas participaram de atividades ligadas ao Programa. Após a Festa da Uva, o espaço permanecerá disponível para visitas mediante agendamento. Os contatos podem ser feitos pelo telefone 3224-9300.
Depto. de Comunicação e Marketing -Codeca
http://www.codeca.com.br/noticias_noticias_da_codeca.php?noticia=701

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

G&P news

G&P publica no jornal da  Comunidade -Zona Sul. A empresa publicou no mês de fevereiro, uma reportagem sobre  a Nova Política Nacional dos Resíduos Sólidos.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012



Brasil terá mais de 40 instituições no 6º Fórum Mundial da Água




O 6º Fórum Mundial da Água, maior evento global sobre o tema, acontece de 12 a 17 de março em Marselha, na França. Estima-se a participação de cerca de 20 mil pessoas de 140 países reunidas em busca de soluções para os principais desafios que envolvem o tema água, uma das prioridades da agenda internacional.
Organizado pela Seção Brasil do Conselho Mundial da Água, a participação brasileira ocorre em duas frentes: em várias das mais de cem sessões oficiais do Fórum; e nas atividades do Pavilhão Brasil, organizado por mais de 40 instituições. A delegação brasileira será chefiada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. O Pavilhão Brasil terá auditório para apresentações, sala de reuniões, media center, estandes e espaço dedicado à Rio+20.
As instituições brasileiras responsáveis pelo Pavilhão Brasil farão reuniões de trabalho, sessões técnicas e outras ações relacionadas ao Fórum, para difundir e compartilhar experiências com instituições de vários países e identificar oportunidades de parcerias.
Organizado pelo Conselho Mundial da Água (WWC – World Water Council) e o país anfitrião, o Fórum Mundial da Água ocorre a cada três anos, sempre no mês de março, quando no dia 22 celebra-se o “Dia Mundial da Água”. O tema escolhido para esta edição é “Tempo para Soluções”. O objetivo do Fórum é aumentar a importância da água na agenda política dos governos, aprofundar discussões, trocar experiências para os atuais desafios e formular propostas concretas.
Para esta edição do Fórum, o conselho Mundial da Água elegeu três prioridades de ação: Boa Governança, Contribuição para Desenvolvimento Econômico e Preservação. No contexto regional das Américas, foi decidido priorizar seis temas: Água e Saneamento, Água e Adaptação às Mudanças Climáticas, Gestão Integrada de Recursos Hídricos, Água para Alimento, Água para Energia e Melhoria da Qualidade dos Recursos Hídricos e Ecossistemas.
A participação brasileira no 6° Fórum é liderada por um colegiado denominado Seção Brasil do Conselho Mundial da Água, que reúne vinte e dois membros efetivos a e vinte instituições convidadas, o que coloca o Brasil na condição de quinto país em termos de representação nacional junto ao Conselho Mundial de Água.(Fonte: ANA)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012


México cria mercado que troca lixo reciclável por alimentos e flores




O governo da Cidade do México vai lançar em março o projeto de um mercado de troca de lixo reciclável por alimentos.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, resíduos como papel, vidro, latas de alumínio, garrafas PET e caixas de leite longa-vida poderão ser entregues em postos montados em diversas partes da cidade. O primeiro começará a funcionar no Parque Chapultepec.
Com limite de 10 kg por pessoa, cada pacote de matéria-prima entregue equivalerá a “pontos verdes”, que poderão ser utilizados na compra de frutas, legumes e até flores. De acordo com a secretária Martha Delgado, a primeira unidade fornecerá cinco toneladas de hortaliças plantadas em áreas de conservação, nos arredores da capital mexicana.
“Vamos fazer em uma pequena escala para ter a perspectiva de educação ambiental dos cidadãos, sobre como reaproveitar os resíduos sólidos”, disse. A previsão é que o mercado funcione todo primeiro domingo do mês até dezembro.
Dados oficiais do município é que diariamente 12 mil toneladas de lixo são geradas pela população. As autoridades planejam enviar os resíduos para cidades vizinhas, devido à sobrecarga dos aterros, e também instalar uma usina de biogás para reaproveitar as emissões provenientes desses locais – responsáveis por despejar metano e outros gases tóxicos na atmosfera. (Fonte: Globo Natureza)


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012



Florestas tropicais na África podem ter virado savanas por ação humana


Um grupo de pesquisadores franceses afirma que a transformação das florestas tropicais no centro do continente africano em savanas, ocorrida há 3 mil anos, pode ter sido influenciada pela presença humana. O estudo foi divulgado na revista ‘Science’.
Durante anos, os cientistas explicaram a transição como uma consequência apenas das mudanças climáticas que o planeta sofreu. Agora, os pesquisadores acreditam que uma alteração tão drástica não poderia ser apenas ação da natureza e precisaria contar com a participação humana.
O grupo analisou os sedimentos marinhos a 914 metros de profundidade no estuário do Rio Congo. A região serve como registro histórico dos últimos 40 mil anos de formações geológicas na região. Há três milênios, esses depósitos estiveram sob forte influência química, que provocou a quebra de rochas e minerais.
Na mesma época, fazendeiros bantos chegaram ao local após deixar a área onde hoje se encontra Camarões e Nigéria.
Os migrantes empregaram técnicas de agricultura e fundição do ferro à região, provocando grande impacto nas árvores da África Central. Segundo os pesquisadores, o grupo banto teria acelerado o processo de erosão na área ao derrubar árvores para criar terra arável e para as fundições. (Fonte: Globo Natureza)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012



Ministério vai premiar boa prática ambiental de municípios




O Ministério do Meio Ambiente vai promover as boas práticas ambientais nas cidades. Os municípios com experiências bem-sucedidas em sustentabilidade ambiental urbana podem participar do processo de seleção.
São oito temas e os interessados podem inscrever projetos arquitetônicos, urbanísticos, paisagísticos, de infraestrutura ou de recuperação de áreas degradadas; bem como de serviços públicos relacionados à gestão de resíduos sólidos e drenagem urbana; além de programas de fiscalização integrada de áreas protegidas; criação de conselhos, comitês de bacias, consórcios públicos, entre outras iniciativas, limitando-se a oito experiências por município.


De acordo com o ministério, os interessados devem fazer inscrição até dia 16 de março por meio de formulário eletrônico disponível no site www.mma.gov.br e as experiências habilitadas participarão do processo de seletivo para a premiação.


Serão escolhidas três experiências por tema e a premiação será durante o 1º Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, dia 29 de março, em Brasília, onde as iniciativas serão expostas.


Fonte portal TERRA.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012



Nova Legislação

Código Florestal deve ser votado no início de março na Câmara

Acordo para votação foi discutido em reunião entre ministros e parlamentares




O novo Código Florestal voltará à pauta da Congresso Nacional no dia 6 de março, data acertada entre governo e parlamentares para votação do texto na Câmara dos Deputados.

A proposta, que já havia sido aprovada pela Câmara, sofreu mudanças no Senado e deve ser levada diretamente ao plenário, sem passar por comissões da Casa.

Depois da Câmara, a nova legislação ambiental deverá seguir para sanção presidencial.

A data e o acordo para votação foram discutidos nesta terça-feira em reunião entre a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Os relatores do texto no Senado, senadores Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) e Jorge Viana (PT-AC), o novo relator da proposta na Câmara, Paulo Piau (PMDB-MG), e o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, também participaram da reunião.

— Já foi acertada no colégio de líderes a votação para os dias 6 ou 7 de março. A reunião de hoje era para afinar essa posição — disse Piau.

O relator informou que pediu contribuições ao texto de universidades e organizações da sociedade civil e que as avaliações serão apresentadas aos ministros em nova reunião na próxima semana.

— Conversei com dez consultores e especialistas, e todos foram unânimes em dizer que o texto do Senado melhorou muito — contou.

Apesar do aparente acordo, algumas questões provocaram polêmica na tramitação no Senado e deverão ser rediscutidas na Câmara. Entre as mudanças feitas ao texto pelos senadores está a determinação de que as áreas desmatadas irregularmente até 2008 sejam consideradas consolidadas e que os produtores que desmataram depois desse período sejam obrigados a recompor suas reservas legais. A bancada ruralista na Câmara não ficou satisfeita com a obrigatoriedade de recomposição e, em dezembro, já dava sinais de que não aceitaria a mudança no texto.

A expectativa é que os deputados concordem em elaborar um "emendão" juntando todas as propostas complementares à versão do Senado em uma só emenda ao texto.

Contrárias às possíveis flexibilizações na legislação florestal, organizações ambientalistas já estão em campanha para pedir o veto da presidente Dilma Rousseff a pontos do novo código que permitam novos desmatamentos ou reduzam a proteção das matas nativas.

Fonte Jornal Zero Hora.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012



Pesquisador: Brasil registra sumiço de abelhas 

e risco para agricultura.




Carregada de pólen, abelha cumpre uma de suas relevantes funções na natureza
Carregada de pólen, abelha cumpre uma de suas relevantes funções na natureza
Eliano Jorge
Sem o apelo dos mico-leões, das baleias e das ararinhas azuis, porém fundamentais à ecologia, as abelhas se encaminham para o risco de extinção. Países da Europa e da América do Norte vêm relatando o desaparecimento delas com números preocupantes. "Também há perdas no Brasil, principalmente no Sul, mas também em cidades paulistas. Antes, era muito raro, agora é mais comum", informa o pesquisador americano David de Jong, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto.
- Na Europa, nos EUA e no Canadá, eles descobriram vários motivos para as abelhas morrerem. Agora, especificamente o que está provocando isso, não sabem. Está claro que a perda é muito maior do que era há poucos anos. Sempre houve situações em que morreram muitas abelhas repentinamente. Mas esse fenômeno atual, mais forte, foi descoberto em 2006. Nos EUA, eles perdem, a cada ano, cerca de 35% das colmeias, em média. Alguns apicultores perderam todas (as colmeias). Na Espanha, falaram em 30%, 40% - acrescenta o biólogo, doutor no estudo de insetos e especialista em patologia de abelhas.
Uma teoria atribuída ao físico alemão Albert Einstein (1879-1955) vaticina que, "se as abelhas desaparecerem, o ser humano sobreviverá apenas por mais quatro anos". "Acho que não é dele, mas é uma frase conveniente. Faz um certo sentido. Se chegarmos ao ponto de perder as abelhas, o homem vai junto", opina De Jong, entrevistado por Terra Magazine.
Muitos cultivos dependem das abelhas, ele lembra. "Por exemplo, a alfafa, que é muito importante internacionalmente; no Brasil, menos. Precisa-se dela para (se produzir) leite, carne..."
A Argentina também registra a falta de abelhas. "Mais do que nós", compara o especialista. "No Norte e no Nordeste (do Brasil), bem menos", conta. Porém, há casos tão espantosos quanto os de americanos e europeus. "Em pequena escala, sim. Acompanhamos colmeias fortes que, em poucos dias, de repente, ficaram sem abelhas adultas ou com muito poucas. E a gente não tinha uma razão clara. É um sintoma típico nos EUA, e já temos visto isso aqui", descreve De Jong.
Ele afirma que, há cerca de 10 anos, notou-se o aumento de mortalidade desses insetos no território brasileiro, o que se intensificou bastante nos últimos quatro ou cinco anos.
- Não está muito bem documentado. Mas, em regiões de Santa Catarina, apicultores perderam 2/3 das colmeias, ou até 80%, e a gente tenta entender a razão, pois é área sem agricultura, então, não tem motivo para inseticida estar envolvido. Mas isso varia, alguns perderam, de um ano para o outro, 70% das colmeias. Na média, estão perdendo 30% a 40% no Sul, sem a gente saber o porquê. Existe a reclamação, mas não existe recurso (para cuidar do caso). Para eu ir lá resolver, preciso pagar do meu bolso - lamenta.
Em 2011, revela ele, não havia abelhas suficientes para a polinização de maçãs. "No Brasil, praticamente há dois cultivos em que alugam colmeias: melão, mais no Nordeste, e maçã, no Sul". Trata-se de um desafio mundial: "As áreas de plantação estão muito maiores, nossa necessidade para polinização cresceu bastante".
Existe o temor de que algumas doenças passem para as várias espécies de abelhas nativas. "Nas nossas pesquisas, não encontramos nelas a presença dos novos vírus, mas, além da perda de abelhas por causa do desmatamento, estão morrendo muitas abelhas da apicultura e nativas por causa de inseticidas. São perdas expressivas", destaca o biólogo.
Abelhas são essenciais aos seres humanos (foto: Laura Côrtes/vc repórter)

- Se não houver mato, vão sumir muitas dessas abelhas. Em São Paulo não tem muito mato... - avisa De Jong. - Para sumir (de vez), vai demorar. Mas já está acontecendo de diminuir ao ponto de criar problemas. E a tendência é piorar. A menos que a gente controle melhor estes fatores.
Em congressos e cursos para técnicos e veterinários, divulgam-se novidades das pesquisas e métodos de diagnóstico desses distúrbios.
- As abelhas são necessárias para a polinização tanto de cultivos quanto de muitas plantas nativas, que produzem madeira, frutos etc. Por exemplo, o maracujá tem uma flor muito grande, a abelha da apicultura não serve. Seria um desastre ecológico sem proporções, morreriam muitos animais, seriam extintas algumas espécies de árvores, mudaria todo o ecossistema, afetando de maneira bastante grave as pessoas.
Explicações
Uma série de adversidades são listadas como possíveis culpados pelo extermínio de abelhas. Além de vírus, De Jong aponta como vilãs algumas substâncias usadas na agricultura.
Há indícios evidentes de que fungicidas provocam desnutrição desses animais, diz. Novos inseticidas têm efeito nocivo, deixando mais vulneráveis os insetos ou exterminando-os. "Ao invés de aplicarem no solo, lançam de aviões. Teria que ser sistêmico", reclama o biólogo.
Existe ainda outra praga que dizima enxames. "Aumentou muito a incidência de um fungo, um microsporídio. O nosema apis era um problema em regiões e épocas mais frias. Uma nova espécie, o nosema ceranae, está causando muitos problemas na Europa e nos EUA, e aqui também. Faz isso em quase todo o ano e está matando muito mais abelhas", ensina. Aspectos genéticos também estão sendo estudados.
- Quando passamos a somar todos esses fatores, principalmente nos EUA, minha impressão não é por que as abelhas estão morrendo, é como elas conseguem sobreviver a todos esses problemas que estão enfrentando - avalia De Jong, radicado no Brasil há 32 anos.
Ele participa de um grupo de pesquisa sobre o assunto, sediado nos EUA. "Tenho acompanhado reuniões e pesquisas por lá, visitei apicultores prejudicados e outros que estão superando os problemas. Uma diferença importante é a alimentação (das colônias). Os que estão se dando bem têm investido muito mais esforços e dinheiro em alimentação proteica, em troca de (abelhas) rainhas e de favos", reporta.
Nem as medidas paliativas dos produtores, no entanto, resolvem as necessidades mais urgentes. "Os americanos têm uma demanda muito forte para polinizar amêndoas em fevereiro. Levam 1,5 milhão de colmeias, todo ano. E sempre precisam de mais. E é uma época difícil, de inverno lá. Com isso, o próprio manejo acaba prejudicando as abelhas", detalha De Jong. "Eles levam praticamente todas abelhas do país para um lugar, a Califórnia, e depois voltam (aos seus lugares de origem). Quer dizer, se tiver doença numa região, ela se espalha rapidamente".
O mercado dos EUA encara verdadeiros dramas por causa da escassez de enxames.
- Imagine um apicultor que tem contrato para polinizar amêndoa e espera ganhar 170 ou até 200 dólares por colmeia. Ele tem todo o gasto para prepará-las e as abelhas somem ou ficam fracas, não conseguem (realizar o processo). Além de não receber o dinheiro, ele é multado por não cumprir o contrato, aí o pessoal fica desesperado. Começaram a comprar abelhas da Austrália, depois descobriram que assim introduziram novas doenças e as novas espécies não estavam preparadas para as doenças que havia nos EUA.
Fonte Portal Terra 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

27 de Janeiro de 2012 
Tratamento térmico é alternativa para destinação de resíduos 


Resíduos de eucalipto e de cana-de-açúcar, após passarem por um tratamento térmico que degrada o material, aumentam sua concentração energética. De acordo com um estudo realizado pela engenheira Juliana Rodrigues Siviéro dos Santos, o material bruto pode ser usado para gerar energia. Porém, após o tratamento, ele apresenta, além da maior concentração energética, maior durabilidade e menor umidade que o material bruto. O resíduo tratado também é mais fácil de ser transportado.

“O tratamento é uma alternativa para a destinação de resíduos florestais e agroindustriais”, afirma a engenheira, que pesquisou o tema em sua dissertação de mestrado apresentada em dezembro na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, sob orientação do professor José Otávio Brito.

As biomassas passaram por quatro tipos de tratamento: um com 250 graus Celsius (250°C) por 30 minutos; o segundo com 250°C por duas horas; outro com 280°C por 30 minutos e ainda um de 280°C por duas horas. Tanto os resíduos de eucalipto quanto de cana-de-açúcar possuem poder calorífico semelhante, com pequena vantagem para o eucalipto. “O poder calorífico, que é a quantidade de energia liberada por uma unidade de massa do material, era maior depois do tratamento térmico. E quanto maior a temperatura do tratamento, maior era também o poder calorífico”, explica a engenheira. O poder calorífico é medido em quilocalorias por quilograma (kcal/kg).

Segundo Juliana, a agregação energética do tratamento térmico para o eucalipto foi maior que para o bagaço. “O maior valor encontrado foi para o eucalipto tratado a 280°C por duas horas, com 25,7% de aumento no poder calorífico. O bagaço de cana teve um ganho de até 10,2%”, conta.

Os resíduos de eucalipto, da espécie Eucalyptus grandis, e de cana-de-açúcar foram escolhidos por representarem dois tipos diferentes de biomassa. “O eucalipto é um resíduo florestal, enquanto o bagaço de cana é um resíduo agroindustrial”, explica a pesquisadora. Ela também diz que o bagaço de cana bruto já é utilizado em algumas usinas para geração de energia.

Os resíduos eram coletados “in natura”, isto é, em estado bruto, e eram deixados em uma estufa comum até que atingissem massa constante. Após esse período de armazenamento, eram colocados em uma estufa com sistema de aquecimento, onde era realizado o tratamento térmico com 250°C ou 280°C por 30 minutos ou duas horas.

Friabilidade

Outra análise feita no trabalho foi o teste de friabilidade dos resíduos. Segundo Juliana, a friabilidade é a capacidade de a partícula diminuir seu tamanho médio, de virar pó. “É uma análise interessante pois existem técnicas de uso energético com o material pulverizado”, explica.

Foram feitas classificações granulométricas, para medir o tamanho das partículas dos resíduos antes e depois do tratamento térmico. “Após o tratamento as partículas diminuíam de tamanho médio e apresentavam uma queda da resistência. Ou seja, elas apresentam bons resultados para serem utilizadas pulverizadas”, conta a pesquisadora.

O trabalho foi desenvolvido dentro de um convênio da Esalq com o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Material Madeira (Lermab, sigla em francês), em Nancy (França). Com isso, algumas das análises, que necessitavam equipamentos que a Esalq não possui, foram realizadas na França.

Mais informações: email julianasiviero@yahoo.com.br

(Agência USP de Notícias)